terça-feira, 14 de maio de 2019

LEITURA 4 NUNCA MAIS Gênesis 9—11

LEITURA 4 NUNCA MAIS Gênesis 9—11
“E eu, eis que estabeleço o meu concerto convosco, e com a vossa semente depois de vós, e com toda alma vivente” (Gn 9.9,10).
Noé e seus filhos trouxeram consigo a semente do pecado ao novo mundo. Mas agora Deus introduzia um novo tema, que, com o da Criação, do pecado e do juízo, ecoa por todo o Antigo Testamento. E o tema da promessa-, de um compromisso divino com os seres humanos, feito apesar do que nós somos, e não por causa do que somos.
Visão Geral
Deus permitiu que o homem explorasse o reino animal, mas não outros seres humanos (9.1-7). Ele fez do arco-íris um sinal da sua promessa de nunca mais extirpar toda a vida com um dilúvio (w. 8-17). Mas o ato de Cam, filho de Noé, mostra que o pecado ainda estava enraizado na natureza humana (w. 18-29). As raízes das nações antigas são estudadas (capítulo 10), e a origem de línguas diferentes é explicada (11.1-9). A genealogia chama a atenção para um homem que será essencial no grande plano de redenção de Deus — Abraão (w. 10-32).
Entendendo o Texto
“Certamente requererei” (Gn 9.1-6). Neste parágrafo curto, mas crítico, Deus responsabiliza a sociedade pelo comportamento individual. Os homens são responsáveis por colocar em vigor a proibição de Deus contra o homicídio. As palavras “quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado” sustentam os proponentes da pena de morte, ordenando que a sociedade execute os assassinos. E afirmada a lógica, “porque Deus fez o homem conforme a sua imagem”. A vida humana é de tão supremo valor que nenhuma penalidade menor por tirar a vida pode significar o quão verdadeiramente importante é cada indivíduo.
O mesmo parágrafo lança a fundação para o governo humano. Poderes menores (como fazer regras que promovam o bem-estar) são implicados no que Deus requer de nós, na punição dos homicídios.
Concerto (Gn 9.9). Esta palavra do Antigo Testamento, vitalmente importante, indica um compromisso formal e legalmente obrigatório. A promessa de Deus de jamais voltar a destruir toda a vida com um Dilúvio não foi feita levianamente.
“Viu... a nudez de seu pai ” (Gn 9-22). Esta é a interpretação da versão Almeida Revista e Corrigida. O original hebraico diz “descobriu a nudez de seu pai”. O que esta expressão sugere é incerto, mas a seriedade com que o livro de Gênesis trata o evento indica que Cam fez mais do que vislumbrar um corpo despido. A delicadeza com que Sem e Jafé trataram seu pai (w. 23,24) nos serve de lembrete da modéstia com que as Escrituras tratam os assuntos sociais.
“Maldito seja Canaã” (Gn 9.24-27). A “maldição” proferida aqui não provocou a condição futura de Canaã, mas a predisse. As maldições e bênçãos do Antigo Testamento frequentemente são preditivas, ainda que os povos pagãos considerassem as maldições como pronunciamentos mágicos, que podiam prejudicar os inimigos.
Aqui não existe sugestão de que Canaã participasse do ato de seu antecessor, Cam. Mas a falha moral vista em Cam evoluiu, com o passar dos séculos, na flagrante imoralidade praticada pelos cananeus, que praticavam a prostituição nos rituais (ambos os sexos), como parte da sua religião.
Devemos abrir nossas vidas inteiramente ao poder purificador de Deus. Ele pode remover até mesmo as pequenas falhas que, de outra forma, podem ser amplificadas na vida dos nossos filhos.
“Estas são as gerações” (Gn 10.1-32). O livro de Gênesis usa línguas e também áreas de terra para identificar os povos antigos. Embora agora a identificação exata seja difícil, muitos destes nomes de povos e nações foram encontrados em inscrições antigas.
“Habitaram ali” (Gn 11.1-4). Muitos concordam que a torre edificada em Babel era um zigurate, uma estrutura escalonada que, nos tempos antigos, frequentemente tinha um templo no seu cume. Talvez as palavras “toque nos céus” dê a entender a precoce instituição da adoração idólatra. Mas o texto sugere um pecado diferente. A torre seria um símbolo da unidade racial, para que os homens não fossem “espalhados sobre a face de toda a terra” (v. 4). Mas Deus disse especificamente a Noé e a seus filhos que “enchessem a terra” (9.1-7). Isso pode ter parecido  parecido pouca coisa. No entanto, era importante, para o plano de Deus, que o homem se multiplicasse. Aqui também há uma liçáo para nós. Tudo o que Deus nos diz é importante. Nós precisamos prestar atenção a cada ordem.
“Confundamos ali a sua língua” (Gn 11.5-9). Que indicação do senso de humor de Deus. Você consegue imaginar, na manhã seguinte, um dos trabalhadores dizendo “Pode me passar outro tijolo, por favor?”, e seu amigo ouvindo “Xpul Kodlyeme kakkadoke, seppulvista?” E você consegue ver as pessoas correndo em busca de outros com quem pudessem conversar e a quem pudessem compreender? Logo, as pessoas que falavam diferentes línguas se encontraram, e cada grupo se afastou, para ir se estabelecer no seu próprio território. Desta maneira gentil, “dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra”. Deus frequentemente responde desta maneira à nossa desobediência. Ele não envia um relâmpago, não causa grande sofrimento. Em vez disso, gentilmente e algumas vezes com humor, Ele muda a direção das nossas vidas.
No verão, faz calor em Dallas. Um jovem casal, sentindo uma vocação para o ministério, inscreveu-se no seminário que eu frequentava. Eles chegaram
DEVOCIONAL_______
O Sinal do Concerto (Gn 9.8-17)
O concerto é uma chave para a compreensão do que o Antigo Testamento ensina a respeito do caráter do nosso Deus. Nos tempos do Antigo Testamento, um concerto (hebraico, brit) era um contrato formal, que tencionava fazer um acordo legalmente obrigatório. Em questões internacionais, um concerto era um tratado. Na vida de uma nação, ele servia como constituição. Nos negócios, um concerto era um contrato. Nos relacionamentos pessoais, era um compromisso.
A maioria dos concertos dos tempos antigos eram acordos entre duas partes. Isto é, cada pessoa ou grupo envolvido especificava o que ele ou ela faria para cumprir o acordo. Se uma das partes deixasse de cumprir, o acordo era rompido, e a outra parte não mais estava obrigada.
Mas veja o concerto de Deus com Noé. E pura promessa! Deus não impôs condições. Não há “ses”. Em vez disso Deus simplesmente disse, “E eu, eis que estabeleço o meu concerto convosco, e com a vossa semente depois de vós... não haverá mais dilúvio para destruir a terra”. O que quer que faça
em agosto, e foram recebidos por uma onda de calor na qual as temperaturas chegaram a 44 graus. Depois de dois dias, a “vocação” do rapaz se derreteu, e eles deixaram a cidade. Como Deus deve ter rido. Como a confusão de línguas, a sua onda de calor tinha “dispersado” um casal que não estava onde devia estar.
Talvez você também possa olhar para trás e ver maneiras gentis com que Deus redirecionou a sua vida. Como Deus é gracioso. Como Ele é bondoso em não irromper em ira cada vez que nós nos afastamos do seu caminho.
“Gerou” (Gn 11.10-32). A genealogia era vitalmente importante para os hebreus. Nas genealogias hebraicas, “gerou” frequentemente significa “foi ancestral de”.
Além disso, as genealogias hebraicas frequentemente saltam gerações, nomeando apenas os ancestrais importantes. Não há como dizer, com base em genealogias como esta, quantas gerações houve, ou quanto tempo passou, desde a primeira pessoa mencionada em uma lista até a última. Em vez disso, a genealogia nos indica as pessoas verdadeiramente importantes na história da Bíblia, preparando-nos aqui para conhecer Abraão.
a humanidade, Deus continua comprometido com esta promessa feita a Noé.
O texto nos diz que o arco-íris deve servir como um lembrete de Deus desta promessa específica de concerto. Mas o arco-íris significa outra coisa para nós. Em vez de ser um lembrete de uma promessa específica, o arco-íris é um lembrete do caráter de Deus e da natureza do nosso relacionamento com Ele. O arco-íris nos lembra que Deus vem a nós com promessas, e não exigências; que Deus, na graça, assume compromissos conosco, que não dependem do nosso desempenho. Nós podemos falhar com Deus, mas Ele jamais falhará conosco. Somente em Jesus nós compreendemos plenamente. Somente na promessa de Cristo de vida eterna a todos os que confiam nEle nós compreendemos a plena maravilha da graça de Deus. Mas nós percebemos algo desta maravilha aqui, no livro de Gênesis. E cada vez que vemos um arco-íris, nós nos lembramos. O Deus que prometeu não mais destruir toda a vida com um dilúvio é o Deus da promessa, o Deus da graça. Os compromissos que Ele assume conosco, em Cristo, são promessas que nunca falharão. Aplicação pessoal
Na próxima vez que você vir um arco-íris, deixe que ele lhe recorde da maravilhosa graça de Deus.
Citação Importante
“Deus não criou o primeiro ser humano, porque Ele precisasse de companhia, mas porque Ele queria alguém a quem Ele pudesse mostrar a sua generosidade. Deus não nos disse que o seguíssemos porque Ele precisasse da nossa ajuda, mas porque Ele sabia que amá-lo nos tornaria completos.” — Irineu

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