segunda-feira, 5 de abril de 2010

Uma história, uma vida uma missão


Lygia Motta nasceu em 29 de maio de 1922 em Campos. Filha mais velha de 9 irmãos, teve uma infância alegre e cercada de amor.
Com cerca de 13 anos de idade, enquanto ouvia o missionário L.M.Bratcher em uma capela do Colégio Batista, atendeu ao chamado do Senhor para entregar-se à obra missionária. Alguns anos mais tarde deu início aos estudos no curso de extensão do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.
Em certa ocasião, numa convenção Batista em Macaé, conheceu o seminarista Waldomiro Motta, além de outros seminaristas que se interessaram pela jovem vocacionada. Porém em seu coração, a imagem de Waldomiro lhe vinha à mente e permeava seus pensamentos. A maior parte de tempo de namoro e de noivado se deu por correspondências. Em 15 meses de namoro, apenas 6 foram as vezes que Waldomiro a pode visitar, já que, como seminarista, não tinha idéia de quando iria ter recursos para ver sua amada; com a impossibilidade de avisa-la quando iria chegar, Waldomiro então visitava-a de surpresa. Até que, em 27 de Junho de 1941, numa cerimônia simples, ambos se uniram em laços matrimoniais, gerando a partir do sagrado matrimônio, 5 filhos.
Como esposa de pastor, o ajudou na conquista de almas para Cristo, e em 1943 assumiram o pastorado da Igreja Batista em São Caetano do Sul. No quarto ano de pastorado desta igreja, tendo lido n’O Jornal Batista o apelo da Junta de Missões Estrangeiras –hoje chamada de Mundiais- para obreiros nos campos da Bolívia, sentiram-se chamados por Deus para a obra.
Em janeiro de 1946, o casal foi à convenção Batista Brasileira, no templo da PIB em São Paulo. Nesta época, o secretário da Junta de Missões, Prof. Moisés Silveira, num ato de fé, apresentou os detalhes sobre a necessidade de obreiros na Bolívia. Com a voz embargada pela emoção, o Pr.Waldomiro se apresentou como candidato, junto com a irmã Lygia, que muito se emocionava, num sentimento que, até hoje, a mesma nãon consegue explicar.
Em 7 de Maio, no templo da PIB do Rio de Janeiro, a família missionária foi comissionada e enviada aos campos estrangeiros.
O início do trabalho foi muito difícil. O ambiente não colaborava para o conforto da família. As ruas apresentavam falhas em sua composição, havia um odor característico nos ares, além das pessoas não manterem hábitos de higiene saudáveis. Porém eles tiveram a alegria de dar início ali ao trabalho de evangelização. Deram início a programas de rádio local e, apesar das ameaças constantes das autoridades de os expulsarem do país, que passava por severas revoluções políticas, plantaram 12 igrejas em pouco menos de 10 anos. A família viu vidas serem libertas de seus pecados, e serem transformadas pelo poder de Deus.
A família então decidiu voltar ao Brasil para tratamentos de saúde. Mas isso não os impediu de trabalhar aqui. Enquanto Waldomiro pastoreava, a irmã Lygia servia como diaconisa. Diretora executiva da União Feminina, viram muitas vidas serem salvas através de seus ministério aqui no Brasil.
Nós, das Igreja Batista do Tauá tivemos o privilégio de ter a irmã Motta como irmã em Cristo e membro da nossa igreja. Uma mulher que Deus levantou, que vibrava com a obra missionária, e sempre estava disposta a mobilizar recursos para missões.
E, nesse mês de Campanhas Mundiais, não podemos deixar de nos lembrar da irmã Lygia,
NO dia 4 se Abril de 2010 o Senhor levou a irmã Lygia para si.
“São as maravilhas que o Senhor faz, com aqueles que o amam e buscam servi-lo de todo o coração.” Lygia Motta
Sem. Rita de Cássia J. da Silva
Baseado no livro “Quando se serve ao Deus vivo” – Lygia de Souza Motta, Gráfica Brasil-Itália.

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